Era você. Quando eu deitava, e não conseguia dormir, quando eu balançava a colher dentro da xícara de café e não conseguia tomar. Era você, quando eu saia da sala do colégio chorando ao ouvir a nossa música. E quando a água do chuveiro lavava a minha alma e me fazia gritar em silêncio o seu nome, era você. Todas aquelas vezes em que eu coloquei meu melhor vestido, fiz meu melhor cabelo e a mais perfeita maquiagem, era pra tentar não lembrar de você. Era você, presente em cada gota de vodka do meu copo de baladinha patética, de um sábado patético. Quando eu abria a janela e sentia seu perfume, mesmo estando a quilômetros de distância. Era você, enquanto eu estava na fila do supermercado e cruzava os dedinhos, esperando você passar por ali. E quando eu estava na pracinha do nosso bairro e te via com os teus amigos de longe. E todas aquelas músicas que eu escrevi, todas elas que toquei pra ti no violão, e que fizeram você chorar.
Falsas lágrimas. Falso amor. Falso você.
Odeio ter que admitir que nesse momento, também é você. A cada letra, palavra e frase desse texto. Chove tanto lá fora e só molha aqui dentro. E o pior talvez seja, que você nunca soube que era você.
Desse seu jeito frio, indiscreto, imperceptível, hipócrito.
Era você com aquele terno preto que eu amo.
Tão idiota, tão amado, miserável e dono do meu coração.
Mas era você. Como eu sempre quis que fosse.
lindo ! vc sempre arrasa ! amo seu blog
ResponderExcluirobrigada, de verdade ! volte sempre *-*
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