13/06/2015

Amamentação : De peito aberto (e coração também)

Preparando-se para amamentar




O seu próprio corpo é o principal responsável pela preparação dos seios para a amamentação, portanto o mais importante mesmo é preparar seu espírito. Para isso, o melhor a fazer é se informar o máximo possível sobre o assunto antes de o bebê nascer.

Esteja preparada para as dificuldades, mas não precisa ficar apavorada. Use toda a ajuda possível enquanto estiver na maternidade, pois lá há pessoas especializadas e que cuidam disso todos os dias. Faça perguntas e tire todas as dúvidas que passarem na sua cabeça. Eu sempre morria de medo de não ter leite suficiente para amamentar, ou para deixar meu bebê satisfeito. Mas, hoje, eu vejo que a única forma de aprendermos a lidar com coisas novas, é unicamente aprendendo.

Não dá para saber durante a gravidez se você vai ter bastante leite ou não. O tamanho do seio e o fato de o peito já ter vazado ou não não têm nada a ver com a produção de leite depois que o bebê nasce.

Preciso comprar alguma coisa?


Você não vai precisar de nenhum equipamento especial (dá para se virar sem eles). Mas talvez valha a pena já ter em casa absorventes para seio, (eu usei este da marca York e gostei muito, porque sao macios e dá pra ajeitar dentro do sutiã de forma que o absorvente não apareça) pomada de lanolina pura e conchas de silicone que deixam o mamilo "arejando", além de ajudar na formação do bico.

Sutiãs de amamentação também são práticos. Tenha pelo menos dois, porque eles precisam ser lavados com frequência (ficam com cheiro de azedo!).

A poltrona de amamentação também não é essencial. Você pode se ajeitar no sofá, na cama ou numa poltrona comum. Importante é ter uma mesinha ao lado para apoiar o paninho e um copo d'água para você. Também não precisa pensar em comprar bombinha para ordenhar o leite enquanto ainda estiver grávida. Espere para saber se terá necessidade e como vai fazer para continuar a dar de mamar quando voltar a trabalhar.


Como amamentar


Em primeiro lugar, saiba que não é preciso lavar nem limpar o peito antes de dar de mamar.

Cada mamada pode durar de meros 5 minutos a até 40. Tudo depende da criança. No começo é mais demorado, mas com o tempo a criança pega o jeito e conhece bem o peito da mamãe.

Certifique-se de escolher um local bem confortável antes de começar. O ambiente é muito importante, especialmente nos primeiros dias da amamentação, quando você ainda está se adaptando e aperfeiçoando a técnica. Se você é do tipo de pessoa que se distrai fácil, procure um lugar mais tranquilo para sentar. Por outro lado, caso ache que vai ficar entediada na solidão, sente-se na frente da televisão. O ideal é ir testando diferentes locais da casa até achar um que funcione para você. Relaxamento é a palavra-chave aqui.

Segure o bebê de modo que seus braços e suas costas não fiquem doloridos. A pediatra do João Miguel sempre dizia que é preciso "levar o bebê ao seio", e não "levar o seio ao bebê".

Tenha travesseiros e almofadas (não precisam ser necessariamente especiais para amamentação) por perto. Encontre uma posição boa para você e para o bebê antes de iniciar.

O segredo para a amamentação sem dor é uma boa "pega" (diz-se "péga"). A pega correta requer que o bebê abocanhe o mamilo e uma boa parte da aréola. O ideal é que não dê para ver quase nada da parte mais escura do seio fora da boca do bebê.

Se estiver doendo, interrompa a mamada colocando o dedo mínimo entre a gengiva da criança e o mamilo, para desfazer o vácuo, e comece de novo. Uma vez que a boca do bebê esteja bem encaixada, ele se encarregará do resto.

Possíveis problemas

Embora as mulheres há séculos deem de mamar para seus filhos, o início nem sempre é fácil. Nas primeiras seis semanas, à medida que a produção de leite se ajusta e o bebê aprende a mamar, você poderá apresentar:

Ingurgitamento: seios cheios demais ou empedrados
Mastite: inflamação ou infecção nas glândulas mamárias, com febre acima de 38,5 graus Celsius
Dor nos seios

Neste casos, que eu não tive, o melhor é procurar o médico para orientações.

Como enfrentar as dificuldades

Algumas mulheres se adaptam à amamentação com rapidez e sem enfrentar grandes dificuldades. Mas muitas mães de primeira viagem acham o processo complicado.Por isso, se você estiver se sentindo um tanto desanimada, lembre-se de que não é a única. Antes de desistir, converse com seu médico e com amigas que estão amamentando ou já amamentaram.

O aleitamento requer prática.

Procure ter paciência. Às vezes pode parecer mais reconfortante dar logo uma mamadeira de fórmula de leite e ver que o bebê está se alimentando. Não ceda de primeira a essa possibilidade, mesmo que seja sugestão do médico ou da enfermeira. Insista tudo o que puder na amamentação. Se não der mesmo, aí você sempre terá a possibilidade de recorrer à mamadeira.

Amamentar faz tanta diferença assim?

Sim, amamentar faz muita diferença. O leite materno é o melhor alimento para o bebê. Esse é o consenso entre médicos e cientistas do mundo todo. É verdade que nem sempre a amamentação é fácil.Com um pouco de paciência e bastante informação, você como tantas outras mães que enfrentam dificuldades no começo, tem todas as chances de dar o peito com sucesso ao seu bebê.

Bons motivos para persistir na amamentação:

* O leite materno faz com que o bebê tenha menos risco de ficar doente no primeiro ano de vida. Ele terá menos chance de ter doenças chatas e perigosas como gastroenterite, pneumonia, bronquiolite, infecção urinária e até dermatite.

* Dar o peito faz bem para a mãe também. Além de gastar calorias, ajuda a proteger você contra alguns tipos de câncer, como o de mama e o de ovário. Também protege contra a osteoporose.

* O leite materno é um alimento completo, que contém pelo menos 400 nutrientes, além de hormônios e substâncias que combatem doenças, e que não podem ser encontradas na fórmula
artificial. Também vai se adaptando às necessidades do bebê conforme ele cresce.

* A amamentação ajuda a construir a relação entre você e seu filho. Ao amamentar, existe um contato único do bebê com sua pele, seu cheiro e seu aconchego.

* O leite materno é de graça. E as fórmulas infantis pesam bastante no bolso.


A Organização Mundial de Saúde (OMS) e o governo brasileiro recomendam a amamentação exclusiva nos primeiros 6 meses de vida das crianças, e a manutenção do leite materno na alimentação até 2 anos de idade ou até mais.


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