18/11/2013

A interrogação do amor



O celular vibrou de novo em algum canto da casa e eu corri pra ver achando que era você. Engano, como das últimas 3 vezes. Era só um carinha chamando pra sair. E essa noite eu durmo pensando em uma desculpa pra não aceitar. Talvez “eu ainda estou esperando outro” ou o simples fato de “ estou esperando algo que eu sei que nunca vai chegar"

A noite enorme, tudo dorme, menos seu nome.

Que fica tão bonito na última folha do meu caderno. Que seria o nome dos nossos filhos, porque é claro, a gente costumava pensar nisso. Tem um turbilhão de coisas sobre o amor que eu queria dizer pra você. Assim, entre meias palavras, e palavras que você entende simplesmente quando eu te olho. Mas sobre o amor só o que eu sei,

é que ele fere,
depois cura,
depois fere outra vez.


E a gente vai perdoando. Relevando. Vai checando as mensagens do celular e esperando que alguma delas seja a sua. Vai deixando pra depois o “ te esquecer”. A gente nunca sabe se vale a pena tentar, e tenta mesmo assim. Mesmo que machuque, “ depois passa”. Mas eu, você e todo mundo sabe que não passa. Não tão rápido, e doí por muito tempo. De repente você já ajudou a todo mundo que está a seu redor e não consegue ajudar a si mesmo. As pessoas que dão os melhores conselhos são as que tem os maiores problemas. Minha mãe já dizia isso. As vezes me pergunto se é pior esquecer, ou desejar que nunca tivesse acontecido. Porque foi bonito, foi sincero. Mas só pra mim. Semana passada reclamaram que eu só escrevo sobre o amor. Justo sobre o amor, que eu tanto desconheço.

Não sou poeta, não sou escritora, mais já não tinha espaço para a dor dentro de mim, escreve-lá foi o único jeito de me esvaziar. E que se isso que corroí, mata, e faz querer morrer for amor, então que dêem outro nome. Às vezes, o melhor que podemos fazer é pedir desculpas, e deixar o passado no passado, como deve ser. Desistir de plantar o amor, porque não há aonde colhe-lo. Eu te amo, mesmo quando eu te odeio. Mas querendo ou não, seguir em frente. Porque é a única opção que tenho. Uma vez me falaram que amar é pular de um precipício sem saber se lá embaixo vai ter alguém para segurar a gente. Foi a melhor definição de amor que já ouvi.

A minha única certeza: Eu é que não pulo.





4 comentários:

  1. texto mara , cada dia mais fera kkk *-*

    ResponderExcluir
  2. cada dia que passa, vou me impressionando, cada dia é um texto lindo, ta de parabéns ! *---------------*

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigada por acompanhar os textos, muito obrigada de verdade :)

      Excluir

Você também pode gostar de :

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...