Ainda não entendo

                       

Ontem acordei com o seu bom dia e o meu dia não poderia ter sido melhor. Quando abro os olhos e vejo que você está aqui sinto o mundo inteiro ao meu redor. O abraço e o seu olhar de quem nunca sabe direito porque eu vou embora ficaram pra sempre comigo, assim de um jeito que eu nunca soube explicar.

Estamos ligados de um jeito que ainda não entendo. Não temos nada a ver um com o outro, mas nos meus sonhos sempre tem uma voz que diz que você foi feito pra mim. E sempre tem a tua voz no meu ouvido. Você fala grosso e fica bravo,  eu te beijo e logo passa. Quando dão 00:00 eu penso na gente junto, ( como se eu não pensasse nisso o tempo inteiro). E a mesma voz dos meu sonhos me mostram quantos sonhos sem fins eu tenho com você. Mas depois você provoca e eu complico, faço marra. Você perdoa. Nem sempre, preciso me acostumar. Estamos ligados de um jeito que ainda não entendo. 

Você sorri gostoso. E pergunta se também senti borboletas no estômago. Claro que sim. Eu comeria até baratas por você, exagero. Mas é sério mesmo. Você diz “ui, que nojo” rindo. E diz que gosta de mim, faço você rir. Merda. O relógio é tipo um assassino do amor. As horas não passam, elas voam quando estou com você. Numa esquina, num bar, em qualquer lugar. Você me diz pra não falar palavrões. É feio e minha boca é tão bonita. Não, não. Boca. Lábios. Eu beijo mais uma vez, te abraçando. Você diz que queria ficar mais tempo. Eu digo que vou ligar. Você diz que tudo bem, não precisa. Mas eu quero. Eu nunca sei o que fazer numa situação dessas. 

Quanto tempo espero antes de ligar? Vou embora alegre, pensando em você e bolando um jeito de não mais falar palavrões. Porque nunca mais quero ter de lavar a boca.

De repente estou eu aqui de novo, meia noite, outro desejo: Você poderia chegar e ficar. Talvez até amanhã, ou quem sabe pra sempre. Sem palavrões, somente borboletas e o seu bom dia. De um jeito que eu ainda não entendo.